SARAU EM HOMENAGEM A MARIO QUINTANA
No dia 07/11, realizamos no CEB um sarau muito especial em homenagem a Mário Quintana. Alunos de 3ª a 8ª séries emocionaram a platéia. Encerramos também o I Concurso de Redação do CEB nas Categorias I - 1ª e 2ª séries, Categoria II - 3ª, 4ª e 5ª séries e Categoria III - 6ª, 7ª e 8ª séries com a premiação dos vencedores. Veja alguns momentos do sarau e conheça as redações vencedoras.
Um poeta das coisas simples, do dia-a-dia. Mario Quintana era assim, alguém que acreditava na poesia da vida. Se estivesse vivo, faria 100 anos. Gaúcho de Alegrete, Quintana trilhou carreira no jornalismo: trabalhou na Revista do Globo e nos diários O Estado do Rio Grande e Correio do Povo. Teve papel importante como tradutor, sendo responsável pelas primeiras traduções no país de escritores como Voltaire, Marcel Proust e Virginia Wolf. Aos poucos construiu sua obra como poeta. A Rua dos Cataventos, o primeiro livro, saiu em 1940. Muitos outros vieram depois, a exemplo de O Aprendiz de Feiticeiro, Sapato Florido, O Batalhão das Letras. A importância da obra de Quintana está no fato de ter recriado um lirismo à altura de qualquer leitor, sem fazer concessões a qualquer sentimentalismo, nem se submeter a sofisticadas teorias literárias.
BIOGRAFIA
Em 1915 ainda estuda em Alegrete e conclui o curso primário, na escola do português Antônio Cabral Beirão. Aos 13 anos, em 1919, vai estudar em regime de internato no Colégio Militar de Porto Alegre. É quando começa a traçar suas primeiras linhas. Aos 17 anos publica um soneto em jornal de Alegrete, com o pseudônimo JB. Em 1925 retorna a Alegrete e passa a trabalhar na farmácia de propriedade de seu pai. Nos dois anos seguintes a tristeza marca a vida do jovem Mario: a perda dos pais. Primeiro sua mãe, em 1926, e no ano seguinte, seu pai. Em 1928 ingressa no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Erico Verissimo. Em sua obra há um constante travo de pessimismo e muito de ternura por um mundo que lhe parece muito adverso. Entre suas principais obras, merecem destaque: A Rua dos Cataventos (1940), Canções (1945), Sapato Florido (1947), poemas em prosa; Espelho Mágico (1948), O Aprendiz de Feiticeiro (1950). Em 1962 reuniram-se suas obras em um único volume, sob o título Poesias. Outras obras: Pé de Pilão (1968), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Nova Antologia Poética (1982), O Batalhão das Letras (1984).
Das utopias Se as coisas são inatingíveis... ora! (Espelho Mágico) VOLTAR
O Mapa Olho o mapa da cidade (Apontamentos de História Sobrenatural) VOLTAR
Os poemas Os poemas são pássaros que chegam (Esconderijos do Tempo) VOLTAR
Dos milagres O milagre não é dar vida ao corpo extinto, (Espelho Mágico) VOLTAR
Do amoroso esquecimento Eu, agora - que desfecho! (Espelho Mágico) VOLTAR
Da observação Não te irrites, por mais que te fizerem... (Espelho Mágico) VOLTAR
Eu escrevi um poema triste Eu escrevi um poema triste (A Cor do Invisível) VOLTAR
O auto-retrato No retrato que me faço (Apontamentos de História Sobrenatural) VOLTAR
Ah! Os relógios Amigos, não consultem os relógios quando um dia eu me for de vossas vidas Inteira, sim, porque essa vida eterna (A Cor do Invisível) VOLTAR
Confessional Eu fui um menino por trás de uma vidraça. - um
menino de aquário. VOLTAR
Da discrição Não te abras com teu amigo (Espelho Mágico) VOLTARO pior O pior dos problemas da gente é que ninguém tem nada com isso. (Caderno H) VOLTARFonte: http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana
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