ENCERRAMENTO DO 5º MÓDULO E VISITA AO CEMITÉRIO DO MORUMBI

 


 

Os principais objetivos do Programa Amigos do Zippy são promover atividades em que as crianças possam desenvolver a capacidade de reconhecer seus sentimentos e emoções, falar sobre eles, pensar em caminhos para solucionar problemas e pedir ajuda de outras pessoas sempre que julgarem necessário.

 

A importância deste programa está no fato de que se trabalha com a saúde emocional – mesmo que não exista uma “doença emocional”, é bom se cuidar para ser sempre saudável!

 

Em situações cotidianas, temos percebido mudanças no comportamento e nas atitudes das crianças. Espontaneamente, dentro e fora da sala de aula, as crianças verbalizam:       

 

"Isso não é agradável!”

 

"Eu preciso de ajuda!”

 

"Olha como ela está se sentindo...”

 

Como já havíamos dito no início do programa, num momento da história, Zippy, o bicho-pau, morre. A morte é um fato natural, uma mudança que faz parte da vida.

 

Tudo em nossa vida se modifica o tempo todo: algumas coisas, rapidamente; outras coisas, no entanto, não. As mudanças podem nos trazer perdas e ganhos. Às vezes, as duas coisas ao mesmo tempo. O crescimento é um bom exemplo: deixar de ser criança implica em abandonar brinquedos e também em ter mais independência, mais responsabilidades.

 

Saber enfrentar as mudanças é importantíssimo!

 

Conversar sobre a morte, saber que ela é inevitável e que todos estamos sujeitos à ela, pode parecer estranho, mas é necessário.

 

Acontece que, muitas vezes, um tema evoca velhas crenças e tabus que refletem o medo primitivo que temos e que, como tantos outros, acabamos “transpirando”.

 

As crianças respiram e sentem o seu “odor”.

 

A oportunidade de elaborar simbolicamente esse tema, a partir do Zippy, serviu para prepará-las para o que vão enfrentar no futuro, desmistificando o fato de que a morte ocorre.

 

Nossos alunos puderam vivenciar simbolicamente essa situação e a experiências da mudança e da perda por meio da história e fora da vida deles.

 

Abordamos o tema da morte de forma natural. As perguntas foram respondidas de forma simples e com a verdade. Como o programa não tem conotação religiosa, as crianças foram orientadas a perguntar em casa o que acontece depois da morte, pois a resposta depende da crença de cada família.

 

Sentir-se triste, chorar e ficar lembrando da pessoa ou do ser que morreu é natural. É preciso viver o luto.

 

Podemos e devemos falar sobre nossa tristeza e, também, lembrar das coisas boas e agradáveis que permearam nossa convivência com quem perdemos.

 

A memória dos momentos felizes e as boas lembranças é que vão permanecer no nosso pensamento e no nosso coração.

 

A visita ao cemitério foi uma boa oportunidade de conhecimento desvinculado de um momento de perda real e de tristeza.

 

A vivência ocorreu num contexto de curiosidade, respeito e de silêncio, onde as pessoas vão para prestar homenagem àqueles que amaram e já morreram.

 

Foi uma visita curta, que teve como objetivo principal diminuir os eventuais tabus e receios desse local.

 

As crianças puderam ver, falar e fazer perguntas. Discutimos o assunto na classe e desenhamos.

 

Vivenciamos junto mais um momento importante deste projeto pioneiro.

 

Os ganhos desta experiências ficarão, certamente, guardados dentro de cada um e nos ajudarão um dia.

 


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